UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO TECNOLÓGICO

DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO

DISCIPLINA ARQ 5682 – ATELIER LIVRE:

ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA PARA HOSPEDAGEM

CARGA HORÁRIA: TRÊS CRÉDITOS SEMANAIS

HORÁRIO: QUARTAS DAS 15:10 ÀS 18 HORAS

PROFESSORA: SÔNIA AFONSO

ESTÁGIO DOCÊNCIA: AMÉRICO HIROYUKI HARA

SEMESTRE: 2005.1 (02/03/2005 a 29/06/2005)

 

1 – EMENTA: ARQ 5682 - ATELIÊ LIVRE - (45 H/A) - OPTATIVA

Programa de conteúdo livre, proposto por professor de quaisquer áreas do curso, a ser cumprido em 1 semestre letivo, para um grupo de no mínimo 15 alunos.

 

2 – APRESENTAÇÃO

Esta disciplina de caráter prático busca incentivar a participação do ARQ/UFSC na Quarta Bienal Miguel Aroztegui.  O tema da 4a Bienal "José Miguel Aroztegui" será "Arquitetura Bioclimática para Hospedagem". Os projetos deverão incluir todas as instalações de um Edifício para Hospedagem, englobando-se as mais diversas categorias, como hospedarias, pousadas, hotéis executivos, hotéis de lazer, etc. Serão aceitos tanto projetos novos como intervenções em edifícios existentes. Cada equipe poderá escolher a cidade onde pretenda situar o projeto, devendo informar as características do clima local.

 

3. HISTÓRICO

José Miguel Aroztegui foi destacado arquiteto uruguaio, com expressiva produção acadêmica no campo da arquitetura bioclimática e do conforto ambiental, professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade da República Oriental do Uruguai e Diretor do Serviço de Climatologia Aplicada à Arquitetura, da mesma universidade. Nasceu em 28/01/1937 na cidade de Montevidéu. Entre 1975 e 1985 viveu em Porto Alegre, Brasil, onde lecionou e orientou pesquisas nos cursos de graduação e pós-graduação da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e traduziu, do espanhol para o português, o livro "Arquitetura e Clima", de Roberto Rivero, editado pela UFRGS em 1985. Foi dedicado incentivador do intercâmbio entre as universidades latino-americanas, havendo sido Secretário do ArquiSur, organização que congrega escolas de arquitetura do Cone Sul. O Professor Aroztegui faleceu em 06/09/1996, em Montevidéu.

A Bienal "José Miguel Aroztegui" foi instituída pela plenária de encerramento do "IV Encontro Nacional de Conforto no Ambiente Construído" (ENCAC), realizado entre 24 e 28 de Novembro de 1997 na cidade de Salvador, Bahia, em reconhecimento à significativa contribuição prestada pelo Professor Aroztegui ao desenvolvimento da Pesquisa e do Ensino do Conforto Ambiental no âmbito da América Latina. A Bienal ocorrerá sempre nas mesmas datas e localidades em que se realizem os ENCACs.

A 1a Bienal "José Miguel Aroztegui" aconteceu em novembro de 1999, na cidade de Fortaleza, capital do Estado do Ceará, com a participação de 42 projetos elaborados por estudantes do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, e Uruguai. Os 12 melhores projetos selecionados pelo júri compuseram uma Mostra Itinerante que vem percorrendo dezenas de cidades do Brasil e de outros países da América Latina. A 2ª Bienal Aroztegui com o tema “Arquitetura Bioclimática escolar” aconteceu na cidade de São Pedro, estado de São Paulo, em novembro de 2001, com a participação de 73 projetos. A 3ª Bienal foi realizada em novembro de 2003, tendo como local a capital do estado do Paraná, Curitiba, com a participação de 65 projetos de “Centro de Comércio e Serviços” de 50 escolas de 7 países: Argentina, Brasil, Colômbia, México, Panamá, Paraguai e Uruguai.

 

4 – OBJETIVO

Promover e incentivar a incorporação das técnicas bioclimáticas na construção de edifícios para hospedagem, visando otimizar sua qualidade ambiental e sua eficiência energética através do uso privilegiado de recursos naturais renováveis.

 

5 – ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA

Arquitetura Bioclimática é aquela em que a qualidade ambiental e a eficiência energética são obtidas através do aproveitamento racional dos recursos da natureza, de modo a contribuir com o equilíbrio do ecossistema no qual está inserida. Suas principais características são:

a) Adequação do espaço construído ao meio bioclimático e às necessidades humanas.

b) Racionalização do consumo de energia.

c) Conforto ambiental proporcionado pelo uso otimizado de recursos renováveis.

 

6 - MÉTODO

            Os alunos desenvolverão um projeto que atenda aos objetivos e regulamento do Concurso de Arquitetura Bioclimática. Para tanto serão desenvolvidas 3 atividades distintas: numa primeira etapa, diversos profissionais de conforto ambiental e projeto de arquitetura e urbanismo ministrarão palestras sobre bioclimatologia e programa de hospedagem; num segundo momento, as diferentes equipes apresentarão as estratégias bioclimáticas utilizadas pelos autores dos projetos vencedores das bienais passadas; num terceiro momento será desenvolvido o projeto de arquitetura para hospedagem, considerando os conceitos de arquitetura bioclimática. As aulas serão desenvolvidas em atelier e os produtos finais não precisarão atender às exigências do concurso.   

             

7 – REGULAMENTO DO CONCURSO

Podem concorrer, individualmente ou em equipe de até três participantes, estudantes de qualquer curso de graduação relacionado ao ambiente construído e oferecido por alguma instituição latino-americana de ensino superior.

Podem orientar os trabalhos, professores habilitados dos respectivos cursos; cada trabalho terá um único orientador, sendo livre o número de consultores participantes. É livre o número de trabalhos que cada professor poderá orientar.

A critério de cada escola, os projetos poderão ser desenvolvidos no âmbito de disciplinas específicas, ou como atividade extra-curricular.

Estão impedidos de orientar equipes, membros da diretoria da ANTAC ou do Comitê Organizador desta Bienal.

Forma de apresentação: Os trabalhos serão apresentados em até 4 painéis rígidos, no formato A3 (297 x 420 mm), com espessura máxima de 5 mm e sem qualquer referência que permita identificar a autoria. Em envelope lacrado será incluída a Ficha de Inscrição (ver modelo anexo) com o comprovante de que os autores são alunos regulares do Curso.

O envio dos trabalhos deverá ser feito em envelope lacrado, incluída a Ficha de Inscrição (ver modelo anexo), o comprovante de que os autores são alunos regulares do Curso, as 4 pranchas e CD-ROM ou disquetes com o arquivo digital do trabalho. Os arquivos devem ser produzidos em extensão JPG (min 300 dpi) ou CDR (já transformado em curvas).

O não envio do arquivo digital será motivo de desclassificação sumária do trabalho.

 

Cadastramento: Cada Chefe de Departamento ou Coordenador de Curso será responsável pelo Cadastramento da Escola até o dia 30 de Junho de 2005, as instituições interessadas deverão cadastrar-se, através de e-mail para: 4a BIENAL "JOSÉ MIGUEL AROZTEGUI" - Prof. Fernando O. R. Pereira - E-mail: feco@arq.ufsc.br.

 

Pré-seleção: Cada Curso de Graduação constituirá uma Comissão Julgadora Local que selecionará até 3 projetos para concorrerem à Bienal.

 

Inscrição: Até o dia 05 de setembro de 2005, os projetos selecionados em cada instituição serão enviados ao Comitê Organizador.

 

Critérios de Julgamento: O Comitê Organizador designará uma Comissão Julgadora que avaliará os projetos concorrentes segundo os seguintes critérios: Concepção, Desempenho, Relevância, Metodologia, Abrangência das Soluções, Originalidade e Qualidade da Apresentação.

Etapas do Julgamento: Em uma primeira etapa, a Comissão Julgadora selecionará os projetos que serão expostos na Bienal. Posteriormente, classificará os 3 melhores trabalhos. A critério exclusivo desta Comissão, poderão também ser concedidas Menções Honrosas.

 

Prêmios: Os 3 melhores projetos serão premiados. A natureza dos prêmios ainda está sendo definida e oportunamente será anunciada.

 

Divulgação dos Resultados: A divulgação dos projetos premiados e das Menções Honrosas ocorrerá durante o VIII ENCAC, em sessão solene especialmente convocada para este fim.

Mais informações podem ser obtidas em :

 http://www.antac.org.br/gt_files/conforto/bienal/index.aspx

 

8 – AVALIAÇÃO

            A avaliação se dará pela freqüência e participação nas aulas, pela evolução do aluno na assimilação dos conteúdos da disciplina ao longo do semestre, pela pontualidade na entrega e apresentação dos trabalhos e pela qualidade dos projetos finais.

 

9 – CRONOGRAMA

 

MÊS

DIA

CONTEÚDO

MÓDULO

MARÇO

02

Apresentação

1

 

08

Abertura da Exposição da III Bienal

1

 

09

Arq. Joyce Carlo – Palestra: Eficiência Energética nas Edificações

2

 

16

Arq. Alexandre Toledo – Palestra: Ventilação Natural dos Edifícios

2

 

23

Aniversário de Florianópolis

2

 

30

Arq. Maria Andréa Triana. Palestra: Sustentabilidade na Arquitetura

Arq. Rafael Cartana – Palestra: Estratégias Bioclimáticas para Florianópolis

2

ABRIL

06

Arq. Juliana Oliveira - Palestra: Arquitetura bioclimática para o Semi-árido Alagoano

3

 

13

Arq. Diego Lemes – Palestra: Simulações de Iluminação Natural

4

 

20

Arq. Leandro Leite – Paelstra: Planejamento e Projeto de Hotéis

Arq. Evaristo Marcos da Silva – Palestra: Estudo para a Avaliação de Desempenho Ambiental em Empreendimentos Hoteleiros no Norte da Ilha de Santa Catarina

4

 

27

Seminário Trabalhos III Bienal

4

MAIO

04

Seminário Trabalhos III Bienal

4

 

11

Desenvolvimento de Projeto

4

 

18

Desenvolvimento do Projeto

4

 

25

Desenvolvimento do Projeto

4

JUNHO

01

Desenvolvimento do Projeto

4

 

08

Desenvolvimento do Projeto

4

 

15

Desenvolvimento do Projeto

4

 

22

Desenvolvimento do Projeto

4

 

29

Seminário e Entrega Final

5

 

 

10 – BIBLIOGRAFIA

 

Arquitetura e Urbanismo:

 

ANDRADE, Nelson; BRITO, Paulo Lucio de. Hotel Planejamento e Projeto. São Paulo. Editora Sena. 2ed. 1999.

 

LAWSON, Fred. Hotéis & Resorts: Planejamento, Projeto e Reforma. Porto Alegre. Bookman, 2003.

 

CBA. Cadernos Brasileiros de Arquitetura. Hotéis. N. 19. São Paulo. Editora Projeto Editores Associados, 1987.

 

LYLE John T., Design for Human Ecosystems. Nova York , Van Nostrand Reinhold , 1985

 

ROMERO, Marta A, Plano de Ensino. Acessado em 02/03/2005.  Disponível em

http://www.unb.br/fau/planodecurso/graduacao/EstudosAmb.doc

 

RUANO, Miguel, Eco-urbanismo . Barcelona, Gustavo Gili , 1999.

 

SPIRN, Anne W. O Jardim de Granito. A natureza no desenho da cidade . São Paulo, EDUSP, 1995 (1984).

 

Conforto Térmico:

 

PEREIRA, Fernando O.R. Plano das Disciplinas e Apostila. Acessado em 01/03/2005. Disponível em 

http://www.labcon.ufsc.br/graduacao_disciplinas.php

 

AROZTEGUI, José M. Evaluacion Térmica de Proyectos. Previsión del desempeño termico del edificio desde las primeras decisiones de proyecto. Cuardenos de Facultad. Serie Acondicionamentos. Montevideo. Facultad de Arquitectura. Universidad de la Republica O del Uruguay.1993.

 

AROZTEGUI, José M. Desempenho Térmico de Janelas. Curso de Pós-Graduaçao em Engenharia Civil. Porto Alegre. Departamento de Engenharia Civil. Escola de Engenharia. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 1983.

 

FROTA, A.F. & SCHIFFER, S.R. Manual de Conforto Térmico. 2ed. Livraria Nobel S.A. São Paulo. 1995.

 

FROTA, A.F. & SCHIFFER, S.R. Geometria da Insolação das Edificações. Livraria Nobel S.A., São Paulo. 2004.

 

DUARTE, Denise et all, Plano da Disciplina. Acessado em 01/03/2005 e Disponível em http://www.usp.br/fau/docentes/deptecnologia/d_duarte/aut250/

 

KOENIGSBERGER, O. et al. Viviendas Y Edificios en Zonas Cálidas Y Tropicales. Madrid: Paraninfo, 1977

 

COFAIGH, E.O.; OLLEY, J.A. & LEWIS, J.O. The Climatic Dwelling. James & James Ltd. EUR 16615, London. 1996.

 

GOULDING, J.; LEWIS, J. & STEEMERS, T. Energy Conscious Design: A Primer for Architects. Commission of the European Communities, B.T. Batsford Ltd. London. 1993.

IZARD, J-L & GUYOT, A. Arquitectura bioclimática. Ed. Gustavo Gili, Barcelona. 1980.

KONYA, A. Diseño en climas cálidos. H. Blumes Ed., Madrid, Espanha. 1980.

LAMBERTS, R.: DUTRA, L. & PEREIRA, F.O.R. Eficiência Energética na Arquitetura. PROCEL, PW Gráf. Edit. Associados Ltda, São Paulo, 1997. 192 p. (+ CD Rom).

MASCARÓ, Lúcia R de – Energia na Edificação. Estratégia para minimizar seu consumo. São Paulo. Projeto. 1991.

 

OLGYAY, V. & OLGYAY, A. Design with Climate: Bioclimatic Approach to Architectural Regionalism. Princeton University Press, USA. (existe versão em espanhol). 1973.

RIVERO, Roberto. Acondicionamento Térmico Natural: Arquitetura e Clima. Ed. da Universidade e Luzzato Ed. Ltda., Porto Alegre. 1985.

 

WATSON, D. & LABS, K. Climatic Design", McGraw-Hill Co., USA. 1993.

 

LUIZ, Moyses. Como Aproveitar a Energia Solar. Edgard Blücher.

 

Iluminação:

 

PEREIRA, Fernando O.R. Plano das Disciplinas e Apostila. Acessado em 01/03/2005. Disponível em 

http://www.labcon.ufsc.br/graduacao_disciplinas.php

 

Baker, N.; Fanchiotti, A. & Steemers, K. (Ed.). Daylighting in Architecture: A European Reference Book. CEC, James & James Ltd. 1993.

 

CIBSE. CIBS Code for Interior Lighting. The Chartered Institution of Building Services, London. 1994.

 

FONTOYNONT, M. Daylighting Performance of Buildings, James x James, London. 1999.

 

Lam, W.M.C. Sunlighting as Formgiver for Architecture. Van Nostrand Reinhold Corp., NY. 1986.

 

MILLET, M. Light Revealing Architecture. Van Nostrand Reinhold, New York. 1999.

 

Moore, F. Concepts and Practice of Architectural Daylighting", Van Nostrand Reinhold Corp., NY. 1991.

 

PEREIRA, F.O.R. Iluminação Natural no Ambiente Construído. Apostila de Curso de Extensão, ANTAC, Gramado. 1995.

 

Robbins, C.L. Daylighting: Design and Analysis. Van Nostrand Reinhold Co., NY. 1986.

 

VIANNA, N.S. & GONÇALVES, J.C.S. Iluminação e Arquitetura. UniABC, São Paulo. 2001.

 

CONSALEZ, L. A Representação do Espaçono Projeto Arquitetônico. Gustavo Gilli. 2001.

 

Revistas especializadas

IES - Illuminating Engineering Society Journal, USA.

L+D&A - Lighting, Design and Application, IES, USA.

Lighting Research & Technology, CIBSE, UK.

 

Endereços na WWW

Disiciplina ARQ 5656 - http://www.arq.ufsc.br/~labcon/arq5656/index.htm

Site do LabCon/ARQ – http://www.labcon.ufsc.br

Commission Internacionale d’Eclairage – CIE - http://www.cie.com

Daylight Design Variations Book - http://www.bwk.tue.nl/fago/daylight/varbook/index.html

Illuminanting Engineering Society of North America – IESNA - http://www.iesna.org/

International Association for Energy-Efficient Lighting – IAEEL - http://www.stem.se/iaeel/iaeel.html

LBNL Building Technology Program - http://eande.lbl.gov/BTP/BTP.html

Lighting Research - http://arch.hku.hk/CIA/94/Light/

Lighting Research Center – LRC - http://www.lrc.rpi.edu/

Pacific and Gas Electric Company – http://www.pge.com/pec/daylight/daylight.shtml

Virtual Lighting Simulator - http://gaia.lbl.gov/rid/

 

Acústica

 

VIVEIROS, Elvira. Plano da Disciplina  Acessado em 01/03/2005. Disponível em

http://www.labcon.ufsc.br/anexosg/75.pdf